8 de março de 2010

Marketing na Era do Nexo- Resumo Capítulo 4

A Pressa é inimiga da Reflexão


Neste capítulo Walter Longo e Zé Luiz Tavares falam sobre um grande problema para os tomadores de decisão: A pressa.
A pressa, nesse caso, pode ser interpretada como o medo de ficar para trás, que gera decisões precipitadas, apenas pelo impulso do “eu também”.

“...e nada faz você ficar mais para trás do que o próprio medo de que isso aconteça.”


Um dado extremamente relevante, que comprava essa idéia do medo de ficar para trás, é que durante o nascimento do mercado digital, enquanto este ainda mostrava as suas caras, foram investidos cerca de US$ 3 trilhões no setor da internet e telecomunicações e pelo menos dois terços desse valor foi realizado de forma esbaforida por puro medo de ficar de fora.

A idéia de não ficar fora da Internet através das diversas ferramentas que vão nascendo parece ser cíclica, a exemplo do boom para comprar domínios, investimentos e idéias mirabolantes para utilizar o Second Life e a invasão das redes sociais que só faz crescer (com o Twitter e Facebook como maiores representantes atuais da categoria). Uma comparação histórica também é importante neste momento, para visualizarmos que a tomada de decisões pelo medo de ficar para trás ocorre desde muito tempo. Entre 1894 e 1903, havia nos Estados Unidos mais de 20 mil companhias telefônicas que hoje podemos contar nos dedos.

A partir de todos esses exemplos os autores afirmam que “a pressa é o grande mal do século” e que, como todos sabem, vivemos em uma sociedade onde tudo deve ser rápido, acelerado, “pra ontem”. Os avanços tecnológicos possuem um grande papel para isso, fazendo com que tudo possa ser automatizado e agilizado, o que nos deixa mais intolerantes e impacientes. Desejamos sempre que nossas empresas façam tudo em um menor tempo, assim como também desejamos que as que nos atendem sejam as mais eficientes. Mas será que isso é sempre possível? Ou melhor, será que dessa forma vai ser sempre melhor?


Com o objetivo de minimizar esse quadro e desacelerar o ritmo de vida da humanidade e pensando na qualidade de vida, foi criado o Slow Movement. Os seus fundadores afirmam que “...somente através da desaceleração que poderemos voltara nos conectar com as pessoas, com a terra, com a vida.”


Percebam o quão incrível é essa afirmação do Slow Movement: Desacelerar para Conectar! Buscamos hoje integrar o e-mail pessoal, com o do trabalho, além o do blog pessoal, para ter uma leitura mais rápida; perguntamos se o colega da mesa ao lado quer um café através do g-talk ou msn; trocamos 15 minutos a mais navegando da Internet por 15 minutos de sono. Tudo isso em busca de uma “conexão” mais rápida, mas não percebemos que está ocorrendo o contrário e estamos ficando cada vez mais isolados e menos conectados.


“A receita não é acelerar decisões, mas sim rever constantemente posições, quebrar paradigmas, para só depois acelerar”
Ray Kurzweil

Na finalização do capítulo, como é de costume ao longo do livro, Longo e Tavares deixam mais uma provocação, afirmando que não devemos ter medo de “perder tempo” pensando, pois pior do que ficar para trás será tomar decisões aceleradas na direção errada e sem nexo.

Leia também:
Introdução: Marketing na Era do Nexo
Resumo: Marketing na Era do Nexo Capítulo 1
Resumo: Marketing na Era do Nexo Capítulo 2
Resumo: Marketing na Era do Nexo Capítulo 3




@mktmay31
"MKT 31/05"

1 comentários:

Paulo fernando disse...

Um otimo texto,porém eu tenho uam duvida sobre o Slow Movement,as ideias do Slow movement não vão contra a todas as ideias empresarias,de que se precisa produzir mais em um menor periodo de tempo?

9 de março de 2010 às 08:20

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