13 de junho de 2010

Comentando o texto "O Cérebro e o Nexo" de Walter Longo

O Cérebro e o Nexo, por Walter Longo

"O nexo alivia e relaxa, enquanto a falta dele gera desconforto e ansiedade. Pessoas como Galvão Bueno têm sucesso não por competência, mas por nexo.
Repetem sempre o mesmo comportamento, as mesmas frases com a mesma entonação.

Novelas são sucesso assegurado não porquê gostamos de absorver histórias em capítulos, mas pelo nexo das tramas. Cada personagem, seja ele mau ou bom, vai nos dando pílulas de confirmação de nexo com seu comportamento padrão.



Nosso prazer de ouvir bordões em programas de humor, indefinidamente, pode ser comparado ao prazer de uma criança em assistir a um desenho animado dezenas de vezes. É a expectativaque se confirma, e que gera prazer imediato ao cérebro, quase como um biscoito para um cão que acabou de repetir um truque.

O sucesso popular da música tonal, também tem a ver com o nexo. Quando suas notas começam a chegar a nosso cérebro, é como se ele já antevisse a próxima nota.
Elas vão se enfileirando de maneira esperada, fazendo nexo. Já a música atonal tem essa dificuldade de ser absorvida por chocar e surpreender, incomodando o prazer que o nexo nos proporciona.

O ritmo constante da música africana, ou os mantras indianos, apesar de muito distintos em sua formulação, na verdade seguem não o mesmo compasso, mas o mesmo nexo da repetição. Coloca o cérebro em descanso, gera prazer.

O estribilho de uma música nada mais é do que uma porção de prazer nexial que volta de tempos em tempos dentro de uma canção mais sofisticada. A conclusão interessante, é que o nexo é natural, e a falta de nexo é cultural.
Precisamos aprender a aceitar a falta de nexo, como aceitamos as diferenças culturais. Somente mentes abertas e sofisticadas sabem apreciar música atonal, finais inesperados e pessoas surpreendentes."



Comentário sobre o texto:

Ao iniciar a leitura do texto fiquei um pouco surpreendido com a frase inicial: "O nexo alivia e relaxa, enquanto a falta dele gera desconforto e ansiedade. Pessoas como Galvão Bueno têm sucesso não por competência, mas por nexo."
Me questionei sobre onde estaria a dificuldade em torno do nexo. Acredito que ao longo da leitura pude fazer uma reflexão.

A dificuldade do cérebro está em CRIAR e não em processar informações com Nexo, pois quando somos receptores, como está aqui descrito, temos um relacionamento harmônico com o Nexo. Já quando precisamos transmitir informações perdemos o tom, pois gostamos de inovar, de fazer sempre mais e melhor, sentimos uma sensação de estagnação ou limitação intelectual ao mantermos um padrão. E acabamos por fazer tudo isso sem Nexo.

Para enviar mensagens com Nexo precisamos enfrentar eternos desafios, por exemplo: Ter uma visão extremamente holística; Saber que a única coisa que iremos prever é a "imprevisibilidade" (Teoria do Caos); Entender que uma mensagem terá Nexo ou não a depender do "cérebro receptor" e do momento que se absorve a mensagem (sincronicidade).

Com certeza essas discussões vão ajudar a fazer nossos cérebros cada vez mais "nexializadores" ou "nexializados".

p.s: A iniciativa deste post surgiu no grupo do livro Marketing na Era do Nexo do Facebook, em uma discussão sugerida por Zé Luiz Tavares, Co-Autor do livro

Leia também os resumos do livro Marketing na era do Nexo aqui: http://www.tinyurl.com/may31comnexo

@mktmay31

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